REPAM apresenta Sínodo para a Amazônia aos diretores da POM
- comunicacao472
- 21 de fev. de 2019
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Irmã Irene faz exposição sobre o Sínodo para a Amazônia | Foto: POM Brasil/Fabrício Preto
O Sínodo para a Amazônia foi apresentado nesta quarta-feira, 20, para os participantes da Assembleia Continental das Pontifícias Obras Missionárias, que ocorre em Brasília (DF). A diretora executiva da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam-Brasil), irmã Maria Irene Lopes dos Santos, abordou o trabalho da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e da própria Repam-Brasil, e toda a mobilização promovida na região Amazônica em vista do Sínodo de outubro de 2019.
Irmã Irene pôde partilhar as escutas com diferentes populações da Amazônia, como indígenas, quilombolas, pescadores e juventudes. Também apresentou dados sobre as atividades realizadas no decorrer do processo de escutas sinodais nos seis regionais da CNBB alcançados pela Amazônia Legal e também nos outros países da Pan-Amazônia. Algumas realidades foram destacadas na apresentação a partir do Documento Preparatório, como características do território, que concentra de 30% a 50% da flora e fauna do mundo; a realidade da migração e a questão indígena.
“O movimento levantado pelo Sínodo já trouxe consigo centelhas de uma nova Igreja para a realidade amazônica. A realização do Sínodo, em outubro próximo, pode ser decisiva para a caminhada da Igreja naquele território”, afirmou irmã Irene.
O bispo auxiliar de São Luís/MA, dom Esmeraldo Barreto de Farias, o anfitrião do evento, por ser o referencial da Missão no Brasil, destacou a importância da apresentação como oportunidade de tornar mais clara a importância do Sínodo “não só para quem é da Amazônia, mas para a Igreja toda”.
Dom Esmeraldo também ressaltou a preocupação com os povos indígenas, que não é uma escolha para excluir os não indígenas, mas “para chamar atenção para essa população que está, cada vez mais, sendo deixada de lado. É para dar visibilidade a estes povos indígenas que são povos originários que foram sendo excluídos até pela própria ganância do lucro, das grandes empresas da exploração das riquezas naturais que ali existem”.
Para o bispo auxiliar, ficou muito clara na exposição a preocupação da Santa Sé, através do papa, e de toda a Igreja e das Igrejas que fazem parte na Amazônia que este Sínodo é para ajudar a encontrar novos caminhos para o trabalho de Evangelização na Amazônia: “Existem, na verdade, grandes desafios, não só o fato da preocupação com os povos indígenas, mas também os ribeirinhos, os quilombolas e as grandes periferias das cidades. Então, essa preocupação é como a Igreja pode responder a esses grandes desafios”. Afirmou.